Explode dentro do meu peito,
algo como um som.
Algo engasgado.
Sem razão.
Tão cheio...
Cheio de emoção.
E de vazio.
Poderá ser o vazio uma emoção?
Poderá estar algo cheio de vazio?
A explosão torna-se chuva.
Derrama-se dentro de mim.
Num mar de dilúvios
vou na canoa da razão
tentar encontrar-me.
Navego, navego e procuro.
Encontra-se aqui e ali lembranças
Gostos. Passados. Alegrias e tristezas.
No meio de toda água que chove,
Brilham pequenos momentos como pirilampos,
na imensidão do mar límpido,
debaixo da canoa da razão.
Depois de tudo,
compreendo que são essas pequenas luzes que preenchem todo o meu ser.
A canoa da razão fica ancorada.
Mergulho na alegria das emoções.
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