A Abadia de Northanger de Jane Austen

Olá!

Continuamos a seguir o nosso desafio literário com mais um livro de Jane Austen, que vai ser o último que vou ler por agora. Gostava de ter lido mais livros desta autora para o desafio literário deste ano, mas prolonguei tanto a leitura dos livros que acabei por ler apenas dois.  As próximas leituras são de alegria e de bem-estar (e de livros novos acabadinhos de receber), por isso, podem esperar romances cor-de-rosa e alguns livros de desenvolvimento pessoal ou autoajuda. Gosto muito de ler esses livros, fazem-me sempre sentir bem.

Sinopse (retirada da livraria Wook)

«O livro começa com a frase "Quem tivesse visto Catherine Morland em criança nunca poderia supor que nascera para heroína", e ela é certamente uma heroína muito invulgar para um romance de Jane Austen.» Do Posfácio

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Opinião

Avaliação ★★★★★

Os livros de Jane Austen são sempre muito interessantes. Para começar são romances que nos fazem sentir muito bem. Refletem bem a época, exigências e pensamentos das pessoas da altura. Este romance tem um início excelente (falo sobre ele no podcast) porque realmente em vez de enaltecer as qualidades da personagem principal, faz exatamente o oposto e estranhamente isso prende-nos à história muito mais, não é?

Este livro conta o crescimento e aprendizagem de uma jovem inocente e ingénua que não conhece muitas pessoas, mas um dia surge a oportunidade de ir para Bath com uma vizinha amiga, onde começa a conhecer várias pessoas e, posteriormente, as suas verdadeiras intenções. Uma reflexão muito direta e assertiva (da autora e não só) sobre romances, sobre a importância de separar a ficção da realidade e, por fim, sobre as intenções nos casamentos e os casamentos entre classes diferentes.

Os livros de Jane Austen nunca são apenas romances, são um conjunto de reflexões sobre a época, mas colocadas em forma de história que nos apaixona e vicia. Neste romance a personagem é bem simples e inocente, enquanto o interessado é inteligente e crítico, mas os dois conjugam-se tão bem que tornam os seus diálogos enriquecedores para ambos e para a história. Como sempre nestes livros, por muito que escreva nunca vai ser suficiente e existe sempre muito mais para escrever (ou dizer) porque são muito fascinantes. Só posso dizer isto: precisam de ser lidos. 

Recomendo.