Porque foges de mim?
Porque não me dás espaço para respirar e voltar a tentar?
Porque passas e não esperas por mim?
Porque tenho de correr atrás de ti?
Logo tu, que nunca olhas para trás.
Nunca olhas para mim.
Uma mera espectadora do teu passar
ditado por um relógio.
Não apareces, mas a cada momento dizes-me que é pouco.
O que faço, o que sei e o que tenho para fazer.
A cada momento, sinto com uma perseguição do inexistente.
As inquietações, as palpitações, o desesperar.
Alguém a dizer que a idade passou… Que o tempo passou e não volta mais.
Passou, não o vi, nem o consegui deter.
Agora, com a cara enrugada, caminho para a paz do silêncio mais profundo.
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