Dizes que o amor é como uma rosa, tanto de beleza como de espinhos. A roseira cresce em volta de ti, sem que a possas impedir ou esconder, apoiando-se no teu corpo. Espinhos que se cravam na tua pele e ferem-te a cada respiração que dás. Só sentes os espinhos porque a ela resistes, foges e encolhes-te. Porém, se deixares-te ir podes ver a beleza e o aroma que tem, poderás deixar que ela te entorpeça os sentidos e viajar na sua alegria. Todos os espinhos desapareceriam. Apenas ficaria o suave toque na pele, um contorno de lábios vagarosamente delineados, uma palavra, um sorriso, um gesto de carinho e todo o mundo desaparecia, como se nunca tivesse existido… Apenas tu e ela e nada mais fará falta...
Agora, dizes a medo que as rosas não duram, florescem e murcham, são sacudidas pelos ventos e levadas pelas tempestades. O que importa o tempo que uma flor vive? O que importa é cada minuto que cresce, nasce em botão e floresce, e quando ela morrer, poderá deixar os seus frutos que poderão ser novas formas de amar, muito para além da paixão que tudo cega, um amor que une os espinhos à beleza e à essência que faz a vida florir.
Se não deixar frutos, podes ainda reviver na memória, todos os momentos, toques e alegrias que sentiste. Um dia, quando menos esperares, já tens outra roseira a florescer em ti.
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Gostei muito de ler! Um abraço :)
ResponderEliminarAinda bem, muito obrigada Raquel :)
EliminarUm abraço!