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Meditação - A Primeira e Última Liberdade de Osho

 Este é um dos muitos livros que já tinha lido, mas que nunca cheguei a escrever uma opinião para o blogue. Estes livros não foram escritos por Osho, são uma compilação de vários discursos transcritos do autor que podem ser encontrados também no Website da fundação criada em seu nome e podemos assistir a algumas das suas palestras no Youtube. No entanto, eu gosto mais de ler os livros, são organizados por temas. Voltei a ler este livro para alterar a meditação que faço normalmente, quero aprofundá-la e as técnicas que ele ensina que são muito interessantes, especialmente a Zazen. 

Sinopse: 

Neste guia essencial, Osho revoluciona o conceito de meditação, demonstrando que não se trata de uma prática separada da vida real. Na sua essência, a meditação é simplesmente a arte de estar consciente relativamente ao que se passa em nós e à nossa volta - depois de dominarmos esta arte, ela pode acompanhar-nos para todo o lado. Meditação - Primeira e Última Liberdade é um guia prático e acessível com diversas técnicas de meditação, incluindo a Meditação Activa, a Meditação Dinâmica e a Meditação Kundalini, todas criadas por Osho. Este é um livro indispensável para todos aqueles que desejam aumentar o seu nível de energia física, o seu vigor mental e a sua presença espiritual, através dos prazeres da meditação.


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Opinião 


Avaliação ★★★★★

Uma das coisas que gosto mais nos livros do Osho são as reflexões sobre a vida que faz e nos leva a fazer. Afinal, não temos que concordar com tudo, no entanto, existem coisas que ele diz que sabemos que é verdade que fazem parte de nós e da nossa vida. Este livro é sobre meditação, mas a meu ver, também sobre a dualidade. Como ele refere só podemos sair da dualidade quando sairmos da mente, mas a maioria de nós não consegue deixar de se identificar com pensamentos e os seus processos mentais, não é verdade? 

Quando digo que a vida é dialética, quero dizer que a vida se move com o oposto, não numa linha. Ziguezagueia do negativo para o positivo, do positivo para o negativo, do negativo para o positivo.


Para que consigamos ter pelo menos momentos em que estamos para lá da mente, Osho criou as meditações dinâmicas que são muito utilizadas e têm milhares de seguidores ainda hoje por todo o mundo. Estas meditações são feitas para que possamos retirar todas as tensões e sentimentos acumulados na nossa vida e mente, desta forma, as meditações tornam-se também duais e é mais fácil meditar. Ele sugere meditações para dançar, rodopiar, caminhar, falar conversas sem nexo para ser mais fácil conseguir silenciar a mente e sossegar o corpo. 

São estas as três coisas: a descontração, observação, ausência de julgamento, e, muito lentamente, desce sobre ti um grande silêncio. 

 

Quem faz meditação sabe o quanto os  pensamentos conseguem interferir e levar-nos com eles em vez de os observarmos, silenciá-los,  então, é quase impossível, não é? Apesar de parecer que ele pede para que façamos silêncio de pensamentos nas nossas meditações, não é isso. É ser testemunha dos seus pensamentos, sentimentos e reações. Nem sempre é fácil, por isso, ele deixou-nos as meditações dinâmicas. Uma vez que as fazemos se não enraizarmos bem podemos ter a sensação que andamos nas nuvens de tão leves. No entanto, andar nas nuvens ou fugir para outra realidade não é o objetivo da meditação. É completamente o oposto. É ser testemunha de quem somos e da nossa vida e existência. Sinceramente, ainda estou a tentar chegar a esta observação, o que é um primeiro plano para posteriormente viver com não-mente, em que utilizamos a mente quando precisarmos, como Osho incentiva a chegar. 


Dentro de si existem preconceitos, que analisam tudo o que passa pelos seus ouvidos. Evitam tudo o que seja contra os seus preconceitos, e permitem apenas os que os corrobora.


 O silêncio de pensamentos na meditação não deve ser um esforço, mas sim, algo que se pode conquistar pelo hábito. Podemos esforçar-nos a não pensar, mas isso só nos fará pensar mais. Afinal, quando lutamos muito contra algo, conseguimos apenas o oposto como a famosa citação indica: «o que resiste, persiste». E também porque vamos estar nos a julgar por não conseguirmos chegar a esse silêncio, ou quando um pensamento surgir não vamos testemunhar apenas julgá-lo. Por isso, a meditação é o hábito de observar sem julgar e uma vez que consigamos fazer a nós, mais facilmente conseguiremos fazer aos outros. Parece fácil, mas na verdade é difícil ouvir e ver os outros, sem ser pelos filtros das nossas ideias pré-concebidas ou ensinadas. 


Tem de trabalhar, mas deixe os resultados a cargo de Deus. Nada na vida jamais se perde, principalmente os passos em direcção à verdade


Já experimentei várias meditações indicadas neste livro, mas não todas, existem algumas que não me imagino a fazer como a do rodopio por exemplo. No entanto, a Zazen, a Gibberish e as meditações de luz e escuridão são fáceis de simples de fazer. É um guia muito completo de meditações para todos os gostos. 


 Lembre-se disto: nada pode existir sem o seu oposto.


 Voltando à dualidade. «Nada pode existir sem o seu oposto» é uma ideia que tão facilmente rejeitamos, queremos apenas o bom, a luz e o conforto não é? Quando fiz a meditação da escuridão fez-me impressão por estar tão habituada à ideia de fazer meditação com imagens de luz, que sentir a escuridão e olhar para a escuridão realmente foi algo novo para mim.


O conhecimento nem sempre é bom. Deve desdobrar-se lentamente, à medida  que a sua capacidade para o absorver cresce.


A primeira vez que li este livro, penso que tinha um ponto de vista mais superficial e não tão ligado às minhas experiências em meditação. Agora, parece que o livro mudou, no entanto, quem mudou fui eu que sou capaz de ver significados que anteriormente não vi. Já te aconteceu isso nas tuas releituras?


O “eu” não pode descontrair. Existe através de tensões. Criará novas tensões; fabricará constantemente novos problemas.


Aconselho a todas as pessoas que gostam de meditar e que procuram saber mais sobre várias formas de fazer esta técnica milenar que além de fazer tão bem, ajuda-nos a ter o nosso coração em paz. Aconselho também para pessoas que não se importem a despender tempo nas suas meditações porque estas são mais longas (as mais curtas têm a duração de vinte minutos) e requerem hábito para conseguir uma maior compreensão. No meu caso, consigo dar mais valor a este livro agora do que quando o li pela primeira vez. 


Somente um mestre de si próprio pode transcender a angústia.




 

 

 

Sou blogger e escritora do Wattpad. Comecei a ser blogger para partilhar os meus escritos, mas com o tempo comecei a escrever mais sobre leitura e escrita. Gosto de fugir da realidade para mundos fictícios e acredito que eles ajudam-me a compreender melhor a vida. Não consigo passar um dia sem escrever e sem beber café.

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