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O Mundo de Sofia de Jostein Gaarder


Este é um livro que já tinha na minha estante faz algum tempo, mas que acabei por adiar a leitura por muito tempo. Tinha a sensação que depois de o ler a minha perspetiva do mundo e da vida iria mudar, talvez, por isso, demorei tanto a pegar nele. Quando finalmente comecei a ler, vi que era uma leitura para demorar porque além de ser uma história é um curso de filosofia. Uma vez que o tema é muito interessante, escolhi ler aos poucos para assimilar melhor as ideias e pensar bem nos temas abordados. Talvez, por ter estudado muito pouco filosofia na escola, penso que este livro ensinou-me mais do que todas as aulas que assisti sobre o tema. 


Sinopse

O Mundo de Sofia é um desses inexplicáveis sucessos que têm gerado uma contagiante adesão por parte dos leitores, entre os quais se contam muitos jovens. Mas não só. Tornou-se de imediato um bestseller em muitos países: está traduzido em mais de cinquenta línguas. Esta intrigante aventura filosófica, que põe em cena um professor de filosofia e uma jovem de catorze anos, percorre a história do pensamento ocidental, sem excluir alguns dos seus mitos e lendas e fazendo breves incursões pelas filosofias orientais. O tema central está estreitamente ligado à construção do universo romanesco que se duplica misteriosamente pela intervenção de outros dois personagens, apresentando-se ele próprio como um enigma. As misteriosas interrogações dirigidas a Sofia: «Quem és tu?» e «De onde vem o mundo?» são aqui emblemáticas da atitude de espanto de alguém, como Gaarder, para quem a existência é um coelho branco que o ilusionista tira ludicamente da cartola.

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Opinião 

Avaliação ★★★★★


Como se formou o mundo? Haverá uma vontade ou um sentido por detrás daquilo que acontece? Haverá a vida depois da morte? Como podemos encontrar as respostas a estas perguntas? E, acima de tudo, como deveríamos viver?

Quem nunca fez estas questões sobre a vida? Mesmo para quem julga que pensar nisso é tempo perdido, uma vez que nunca podemos ter certeza de nada, já algum dia nem que seja na infância pensou nisso. Quem nós somos e de onde viemos e porque o mundo é assim e não é diferente. Estas questões e as respostas que encontramos e/ou que aceitamos para elas são no meu ponto de vista muito importantes. Afinal, podem mudar o significado e orientação que damos à nossa vida e determinar a atitude que temos perante o que nos acontece.

(...) é mais fácil formular perguntas filosóficas do que encontrar a sua resposta. Mesmo hoje, cada um deve encontrar as suas respostas para estas perguntas.

Esta história é sobre Sofia que descobre envelopes curiosos sobre um curso de filosofia na sua caixa de correio que não sabe de quem são, mas são dirigidos a ela. Uma vez cativada pelo curso de filosofia ela vai precisar de usar os seus conhecimentos para descobrir mais sobre o seu mundo e o seu instrutor. Este livro defende que é necessário aprender filosofia na escola (talvez, não se ensinasse na altura em que foi escrito) para que o conhecimento continue a inspirar e fazer-nos escolher a nossa própria filosofia de vida. No entanto, o pouco que aprendi de filosofia na escola nunca foi tão bem explicado nem ficou tão claro como a ler este livro.  Não admira que seja um sucesso mundial. 

Sentimos que tomamos parte de algo misterioso, e gostaríamos de esclarecer de que modo tudo está relacionado.

Durante a leitura, ficamos sempre muito curiosos sobre o curso e sobre os postais para Hilde mais uma personagem desconhecida para Sofia. Através desta aventura filosófica vamos desde antes do nascimento de Cristo até ao século XX a descobrir as ideias de filósofos conhecidos e como eles influenciaram as mentalidades do seu tempo. Até fiquei curiosa como continuaria se abrangesse o nosso século também. Mesmo em apenas vinte anos tanto mudou nas nossas vidas, quanto mais na forma como vemos a vida? 

Uma história interessante, que nos deixa intrigados com uma surpreendente reviravolta a meio e muito didática. Gostei bastante. 






Sou blogger e escritora do Wattpad. Comecei a ser blogger para partilhar os meus escritos, mas com o tempo comecei a escrever mais sobre leitura e escrita. Gosto de fugir da realidade para mundos fictícios e acredito que eles ajudam-me a compreender melhor a vida. Não consigo passar um dia sem escrever e sem beber café.

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