Prometo Falhar de Pedro Chagas Freitas

 Quando vi este livro no hipermercado e li o resumo, pensei que fosse uma história porque não estava familiarizada com o que o autor escreve. Já comecei a ler uma vez e desisti. Não gosto de desistir dos livros. Como já escrevi numa reflexão, acredito que até aqueles livros que não gostamos tem alguma mensagem que pode ser importante para nós nem que seja para nos mostrar que não gostamos daquele género de livro. No entanto, mesmo que não seja uma mensagem importante para nós é, sem dúvida, para o autor. Os textos soltos de romance são bonitos de ler e até envolvem os leitores, mas não tem desenvolvimento de uma história, por isso, não me fascinam. Por isso, quando voltei a ler este livro, sabia bem que não era o meu género favorito de livro.

Prometo Falhar by Pedro Chagas Freitas
My rating: 3 of 5 stars

Não é o género de livro que mais gosto, mas isso não lhe tira o valor. Os textos têm uma bela capacidade de fazer sentir. Podemos concordar ou não, gostar ou não do que está escrito, mas sem dúvida que não ficamos insensíveis. Para mim, isso é uma das coisas mais importantes num livro, portanto, gostei do livro. Gosto muito como o autor brinca com as palavras, como as repetições são curiosamente feitas e o apelo para viver o agora e não deixar para depois, porque depois pode ser tarde demais. Os textos que mais gostei foram os que o autor fala sobre escrita e sobre alguns casos sociais como os sem-abrigo.

O amor à primeira vista nunca foi uma das coisas que mais me fascinou nos livros, mas gosto como o autor utiliza histórias de amor para provocar a agir, a não se acomodar numa vida confortável. A lutar pelos nossos sonhos. A fazer a vida valer a pena, mesmo que não seja o ideal para a sociedade ou para os que nos rodeiam. Como já referi apesar de não ser o género de livro que mais gosto a escrita do autor, conquistou-me e consegui gostar do livro. Só tenho pena que não foi pelo romantismo, que poderia ser se fosse uma história ou outros poemas com uma mensagem diferente, nem por a sensualidade do livro, mas mais pela motivação que o livro dá e pelas suas ideias sobre escrita e sobre o que é ser escritor.

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