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Atração sem Compromisso de Marta Sousa

 

Sinopse: 

Poderá uma atração transformar-se em amor?

De repente, Madalena e os seus amigos são apanhados numa quarentena obrigatória devido à pandemia. Madalena tem de ficar na casa de Alexandre durante quinze dias. A atração entre Alexandre e Madalena é irresistível. No entanto, a situação atual os aterroriza enquanto o passado impede-os de avançar num novo relacionamento....

Wendy tenta que Jorge olhe para ela desde que o conhece, mas o seu jeito reservado deixa dúvidas sobre o que ele sente por ela. Porque continua Jorge a sair com ela se não sente nada por ela? Durante a quarentena obrigatória, Wendy está disposta a tudo para descobrir os verdadeiros sentimentos dele.

Tudo promete que esta pandemia vai mudar as vidas deles para sempre.


Disponível (em breve):

Kindle (Amazon)

O que os leitores dizem: 

«Essa foi a declaração de amor mais original que já li!❤️»nraspinheiro
«Tá muito bom jorge é um amor» Ally_744
«(...) tem química, tudo a favor» AnapaulaUrbani
«Esses dois têm uma química inegável.» nraspinheiro


Excerto do livro: 

Capítulo I 

Numa tarde ensolarada de março, depois de descobrir o caminho para ali através de uma longa viagem em transportes públicos, Madalena chegou ao café e encontrou os seus novos amigos na esplanada. Ainda não se sentia muito à-vontade perto deles, mas preferia sair com eles do que ouvir mais uma história sobre o seu ex-namorado e a sua amante-namorada. Ela estava confiante que com o tempo eles iriam ficar mais próximos.
Os seus amigos de sempre conheciam o seu ex-namorado e ficaram tão chocados quanto ela com a sua traição e o seu comportamento descontraído depois do que fizera. Tanto que não sabiam falar de outra coisa. Demonstrava bem a pessoa sem vergonha que ele era e a falta de consideração que ele tinha por ela. Ela mal conseguia acreditar como tinha namorado com alguém assim e nunca ter notado a sua verdadeira personalidade. Nunca se pode conhecer totalmente uma pessoa... Os amigos falavam e criticavam a pensar que assim estavam a apoiar Madalena, mas apenas não a deixavam fugir do assunto que tanto a incomodava.
Madalena ainda se sentia com raiva e frustrada com a situação. Era estranho, mas ela parecia mais envergonhada com o facto de ser traída do que ele de ser o traidor. Enfim, era passado e ela queria esquecer o mais rápido possível. No entanto, não era possível quando só sabiam falar dele. Por isso, ela encontrou outros amigos que não sabiam de nada (exceto Wendy) e, por isso, não podiam falar disso.
- Olá, Madalena! – acenou Alexandre que passava os dias no ginásio, só não passava mais tempo lá porque tinha de trabalhar para o pagar. Madalena perguntou-se como ele a viu tão rapidamente. Até parecia estar ansioso por ela chegar.
- Ah! Chegaste! – Wendy virou-se para a cumprimentar, o nome dela verdadeiro era Raquel, mas como se conheceram numa aplicação de conhecer pessoas online, todos a tratavam pela alcunha inclusive Madalena. Depois dos cumprimentos, Wendy sentou-se e concentrou-se em olhar para Jorge.
- Oi! – Madalena suspirou – Foi complicado chegar até aqui! Não podias morar mais perto de mim? Tive de apanhar três transportes e demorei mais de uma hora a chegar!
Wendy olhou para ela, encolheu os ombros com as palmas para cima como quem diz «o que posso fazer?»
- Arranja um carro – sugeriu Jorge, acenando como cumprimento, sempre prático e lacónico na sua conversa. Ele concentrou-se na sua bebida, evitando o máximo que conseguia o olhar de Wendy.
- Eu não gosto de conduzir – amuou Madalena. Ela lembrou-se do custo que foi tirar todas as aulas, como reprovou as primeiras duas, teve de as fazer três vezes! Os seus pais insistiam que era preciso. As aulas de condução eram uma tortura. As vezes que ficou parada no meio dos cruzamentos, as vezes que o carro foi abaixo no meio da estrada e os nervos ao estacionar. Puro sofrimento. Quando, finalmente, passou ficou a olhar para a sua carta de condução e a pensar que poderia ter gastado melhor o seu dinheiro. Não se iria submeter mais àquela tortura. Não, enquanto houvessem transportes públicos. Uma necessidade de que os governantes muitas vezes se esquecem, afinal, nem toda a gente gosta ou pode conduzir.
- Eu gosto de conduzir, principalmente para o ginásio, mas o meu carro ficou na oficina. Já nem sei viver sem ele – suspirou Alexandre desanimado. Parecia sentir falta de uma parte de si. Para Alexandre ficar sem fazer exercício era como um escritor ficar sem escrever. Uma agonia.
- Porque não mudas para um ginásio mais perto de casa? – sugeriu Wendy, mas o seu olhar não deixou Jorge nem por um segundo. Ela estava interessada em Jorge, mas ele andava sempre com Alexandre e ela não conseguia quebrar o gelo ou ficar sozinha com ele. No entanto, nada disso a fazia desistir.
- Porque gosto mais daquele onde vou – Alexandre mexeu-se no assento e coçou a nuca mostrando os músculos do pescoço e ombros e a sua pele bem bronzeada, apesar de estarem ainda no mês de março. Madalena desviou o olhar. Pensou que se quisesse se vingar de Nuno, gostava de mostrar alguém como Alexandre como seu novo namorado. O ego de Nuno ia ficar tão afetado quanto o dela tinha ficado. Alexandre era um bom pedaço de homem e aqueles músculos davam cabo de Nuno em três tempos.... Riu-se para si com o pensamento e sentiu-se um pouco malvada.
- Ah! A Cláudia ainda lá vai! – disse Jorge depois de refletir um pouco. Alexandre fuzilou-o com o olhar, mas nada disse.
Wendy clareou a garganta. Jorge bebeu a sua cerveja como se não tivesse dito nada demais. O ambiente tornou-se desconfortável. Madalena percebeu tudo, mas como não lhe contaram nada, manteve-se em silêncio.



O café ficava mesmo ao lado de um centro médico e a esplanada dava para um pequeno jardim, era um bom local para ir quando o tempo estava bom. O sol brilhava e as pessoas nos primeiros dias de primavera, mesmo antes de ter chegado oficialmente, enchiam o café com facilidade. As pessoas em Portugal, adoram o sol e à primeira oportunidade gostam de sair e de conviver em cafés e jardins e aproveitar o seu clima agradável.
Durante a pequena duração daquele silêncio desconfortável, todos assistiram uma mulher que, de repente, desmaiou no interior do café. Madalena levantou-se para ver, mas quase como se os médicos adivinhassem que a mulher ia desmaiar, uma ambulância chegou e rapidamente a levou em marcha de urgência. Tinham todos máscaras e luvas como se tivessem naqueles filmes de armas biológicas e que houvesse um perigo iminente de contaminação.
Madalena sentiu o coração a tremer. Todas as pessoas no café calaram-se. Madalena sentiu-se a arrepiar e um frio estranho apoderou-se do seu corpo. Apesar do sol estar a bater diretamente nas suas costas, sentiu-se gelada. Sentou-se sem conseguir bem definir as suas emoções. O frio continuava e parecia vir do seu coração.
Uma mulher da equipa médica foi falar com a dona do café. Outro médico pediu para ficarem todos no café porque a pessoa que tinha desmaiado era suspeita de ter o coronavírus. Por essa razão, todos tinham de fazer análises e ficar de quarentena nos próximos dias. As pessoas no café ficaram demasiado aterradas nos primeiros segundos para conseguir reagir. Depois de um minuto, algumas começaram a reclamar. Queriam sair, precisavam de sair! Precisavam de ir trabalhar. Precisavam de cuidar dos filhos, avisar os maridos e não podiam apenas ficar em isolamento assim! Não queriam acreditar que lhes aconteceu. Que poderiam ter uma doença mortal. Que por estarem apenas no mesmo café com alguém, teriam de ficar presos em casa por quinze dias. Como tudo era rápido e sem aviso. Como era assustador. Queriam sair daquele pesadelo.
Madalena e os amigos entreolharam-se sem saber o que fazer. Esperaram em silêncio até um médico vir falar com eles e dar as instruções necessárias. Madalena morava longe e ainda morava com os pais que faziam parte do grupo de risco, pessoas com mais de setenta anos de idade e o seu pai tinha uma doença de coração, já para não falar que ela teria de ir em transportes públicos, por isso, aconselharam-na a ficar com um dos seus amigos ou então a ir para um hospital ou local que ainda iam definir onde iriam ficar as outras pessoas que não tinham com quem ficar e precisavam como eles de ficar em quarentena. Madalena olhou para Wendy, mas esta olhou para Jorge. Wendy também morava com os pais e não queria ir para casa. Jorge e Alexandre moravam sozinhos e bem perto.
- Wendy, se tu ficas com o Jorge, eu fico com quem?! – desesperou-se Madalena. Não importava o quanto Wendy queria ficar com Jorge, ela precisava de ficar com alguém!
- Ficas comigo – sorriu Alexandre, mas o seu sorriso tinha algo de malandro – mas vais ter que me pagar que eu preciso do meu trabalho e agora vou ter que ficar em casa.
Madalena olhou para ele irritada. A sério? E ela não precisava do trabalho dela? Ela também estaria impedida de trabalhar! Ele achava que era uma boa altura para lhe extorquir dinheiro?! No entanto, ela precisava dele e não era uma boa altura para reclamar. Respirou fundo, tentou manter a calma e perguntou:
- Quanto queres?
- Cem euros, olha que estou a ser generoso porque só tenho um sofá para te oferecer, se tivesse um quarto era mais…
- Por apenas quinze dias?! – Madalena sentiu vontade de o esganar. Se isto era ser generoso, ela não sabia o que era ser ganancioso.
- Sim, isso ou… - ela não o deixou terminar. Ainda poderia pedir mais dinheiro ou para ela ficar na rua.
- Ok, combinado, mas pago só no final do mês - Madalena esperava pelo menos receber o ordenado para lhe pagar. Alexandre fez um sorriso vencedor. O que aumentou e muito a vontade de Madalena de lhe bater.


 


Sou blogger e escritora do Wattpad. Comecei a ser blogger para partilhar os meus escritos, mas com o tempo comecei a escrever mais sobre leitura e escrita. Gosto de fugir da realidade para mundos fictícios e acredito que eles ajudam-me a compreender melhor a vida. Não consigo passar um dia sem escrever e sem beber café.

Comentários

  1. Acredito que seja um livro de uma leitura fácil e super agradável
    .
    Uma quarta-feira feliz … cumprimentos cordiais.
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  2. Oi Marta

    Adorei esse sneak peek do seu livro.
    Fiquei curiosa para saber mais sobre a história!

    Beijos
    http://brenshelf.blogspot.com

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  3. Uma história bem interessante. Beijinhos e uma boa noite

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